21 de dezembro de 2015

Ultimas Novidades no Blog

Esta mensagem, aqui na página inicial, serve apenas para indicar onde estão as ultimas novidades do Blog. Vou fazer os possíveis para a manter actualizada.

Estou a fazer isto pois, como organizo as voltas por locais e não cronologicamente, pode ser complicado a alguém que siga o blog, saber se há novidades.
Além disso há passeios ou eventos que não têm direito a separador próprio (como é o caso dos que estão nos vários separadores "voltitas").

Regra geral, os separadores estão organizados cronologicamente, do mais antigo para o mais recente e estão todos na barra dos separadores.
Assim, o mais antigo é o separador chamado "Primeiros Passeios de Mota", no entanto os últimos são separadores com várias voltinhas e eventos sem separador próprio, pelo que não seguem esta cronologia.
Carregando num dos títulos aparece a página correspondente a esse título e a essa voltinha (ou a várias voltinhas).

As ultimas novidades são:

Ultimo passeio grande:
-Separador "Feira e Freita"

Ultimas Voltinhas/Eventos:
-Separador "Voltinhas 2017"  -  (Ao fundo, parte final)- Serra da Lousã; Figueira
-Separador "Eventos com motas"  - Pais Natal Motards Coimbra (ao fundo, parte final).

NC 700S Review

Honda NC700SA-Review do utilizador

Este texto pretende ser uma “review” onde darei a minha opinião sobre a Honda NC700SA.
Mas antes, porque o valor de uma opinião depende sempre da experiência pessoal de quem a dá, do tipo de utilização e sobretudo dos termos de comparação, julgo ser necessário esclarecer esses pontos.

Ando de mota há pouco mais de 5 anos. "Tirei a carta" (categoria A1-125cc) aos 17 anos e comprei uma Honda Cbf 125 na qual fiz cerca de 13400km em 2 anos e 9 meses. Entretanto, como já tinha averbado a categoria A2, comprei a minha actual NC700SA, na qual fiz até à data cerca de 24700km.

Além destas duas meninas, já pude conduzir as seguintes:
- Casal Boss (Meia dúzia de km, no inicio da adolescência)
- Casal cross/enduro (Não sei bem o modelo, mas também foi só meia dúzia de km, aos meus 16-17)
- Vespa 150 sprint (Uma com mudanças de punho, das antigas a 2 tempos. Meia dúzia de km na altura que andava a tirar a carta de 125cc)
- Yamaha TW 125 (Nas categorias A1 e A2, no total umas 18 aulas de condução + os 2 exames)
- Yamaha DT 50 LC (Só uma voltinha na de um amigo, tinha acabado de tirar a carta)
- Honda Cb500 (4 aulas de condução + exame categoria A)
- Kawasaki Z300 (Test Ride cerca de 15 km)
- Bmw R1200RS (Test Ride cerca de 35km)

Como podem verificar, a minha experiência não é assim tanta, por isso há opiniões mais validas que a minha.
Resta-me apenas esclarecer que tipo de utilização dou à mota: uso-a para as voltinhas (como as que estão no blog, ou mais curtas só para espairecer) e no dia a dia, nas deslocações casa-universidade e outras.
De momento sou estudante, ainda não sustento a mota às minhas custas. À data não tenciono trocar, pois acho que para a minha situação e uso actual, a mota adapta-se perfeitamente. Daqui a uns tempos logo se vê, se fica esta ou não.

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Vamos então à Review:

Uma frase feita, relativamente consensual e que se aplica à generalidade das NC´s: “A mota é boa em tudo sem ser excelente em nada”. Ou seja: a mota é suficiente para a maioria das aplicações e usos (polivalência, que ainda será um pouco maior na X), mas sem se destacar em nada.

Dissecando um pouco mais esta ideia, até porque a coisa não é bem assim...

Há os que a olham com maus olhos (o conceito base de todas as NC’S) por serem motas “menos divertidas, menos carismáticas” e há os que a idolatram pelos seus baixos consumos e a sua versatilidade (principalmente na X). Assim, há quem lhe veja só defeitos, há quem a considere perfeita.
Enfim, esta não é a opinião dos outros, é a minha, embora concorde de certa forma com a frase. Mas vamos à minha, por pontos para não me perder.

(Foto tirada no passeio dos pais Natal em Coimbra - Dezembro de 2015)

- Estética:
Costuma dizer-se que “os gostos não se discutem, lamentam-se”. Assim sendo eu não vou escrever muito sobre o assunto.
Pessoalmente acho a mota gira, linhas suaves, nada muito agressivo, nada muito futurista, ou seja tudo simples, o que na minha opinião fica bem nesta mota. Por outro lado, eu ando com uma top-case, que estraga um bocado a coisa…(mas dá jeito!)
Com isto não quero dizer que é a mota mais linda do mundo, porque não é! Há outras visualmente mais apelativas, mas para este tipo e conceito de mota gosto das linhas dela.
No caso da X, eu já não gosto tanto.

- Conforto:
A posição de condução não causa desconforto nem cansa. Vamos ligeiramente inclinados para a frente, mas não recai muito peso sobre os pulsos. Tenho 1,69 metros e encaixo bem na mota, qualquer pessoa que não seja nem muito maior nem muito mais pequena também não terá problemas.
O maior problema a nível de conforto é mesmo o banco. É escorregadio (notando-se especialmente em condução mais espevitada) e, sobretudo, muito duro, causando dores ao final de umas horas. Mas não é nada que um bom estofador não resolva (e nos modelos 750 já corrigiram isso).
Outro ponto menos bom é a protecção aerodinâmica, que é baixa como na generalidade das nakeds, mas que torna viagens em autoestrada mais cansativas. (Aqui suponho que a X seja melhor). Enfim, isto não é defeito, está relacionado com o tipo de mota, acabam por ser todas (as naked´s) assim.

- Versatilidade:
O ponto forte desta mota é claramente a utilização no dia-a-dia. Uma mota simples, binário em baixas, o met-in para o capacete, potencia qb. É para isto que a mota é excelente.
Dir-me-ão: uma 125cc ou uma scooter também são boas para essa utilização. É verdade! Mas a NC também é boa noutras coisas sem ter tantas limitações. É suficientemente boa para viajar e também é boa para ir curtir umas curvas. Ideal para passeios médios a ritmos moderados, mas com disponibilidade suficiente para manter velocidades já proibitivas (por lei) e até desconfortáveis numa naked.
Enfim, é do mais versátil que há. No caso da X ainda permite (com algum cuidado) pequenas incursões em off road.

- Ciclística; Comportamento em estrada; Condução e manobrabilidade:
A mota não custa nada a conduzir, não é muito rápida a inserir em curva, mas é relativamente estável. Como ainda é “gorda” e tem um centro de gravidade baixo, é preciso alguma força e “contra brecagem” para ajudar. Por outro lado, isto torna-a fácil de conduzir no trânsito a velocidades ridiculamente pequenas, pois é fácil manter o equilíbrio.
A suspensão está relativamente bem adaptada para o meu peso (60-65 kg). No entanto, com pendura ou para alguém mais pesado será um pouco mole (dá para regular a pré carga, mas não trás a chave de origem incluída). Ainda assim, apesar de mole, sente-se algumas imperfeições do piso.
Para a potência que tem, trava razoavelmente bem. O de trás podia travar melhor, mas o poder de travagem é suficiente. (Em todo o caso, do que experimentei, a travar melhor só a R1200RS).

-Motor, Potência e Binário:
O motor, nas 700, é um bicilíndrico com cerca de 670cc e 35kW (em algumas 38). Ou seja, para esta cilindrada, a mota não tem uma potência muito elevada. Além disso não é muito rotativa (chegando às 6500 rpm’s) – parece um motor de um “ferro” (cruiser/custom) ou de um carro. Este facto torna-a menos apetecível para muitos.
Números à parte, um pouco mais de potência não lhe fazia mal (algo que as 750 já têm, mas que as levou para fora da categoria A2). Apesar do número ser contido a forma como a potência é entregue é interessante, muito linear e disponível logo em baixas (eu pessoalmente gosto).
O que surpreende é o binário, 60Nm logo as 4750rpm, sendo que às 2500 já temos grande parte deste binário disponível. Gosto desta disponibilidade logo em baixas, sendo superior a muitas motas com números mais interessantes.
Em termos de velocidade/performance posso dizer que a mota chega muito bem e rápido aos 140-150km/h. A partir daí só em 6ª e, como a 6ª é uma espécie de over-drive, ela sobe de forma mais lenta e pachorrenta até cerca de 180 (reais medidos com GPS).

Em resumo, o motor não é muito espevitado, não permite grandes loucuras, mas é muito disponível em toda a faixa de rotações.

- Qualidade de construção e Fiabilidade:
A mota é uma Honda, das que não são feitas na India (tanto quanto sei). Isto por si só não é sinonimo de qualidade e fiabilidade, mas é um ponto de partida para termos isso garantido.
Eu não tive problemas nenhuns com a mota até agora, além do combustível e revisões, foi sempre a andar. A grande maioria dos problemas que tenho ouvido falar, são simples de resolver (apareceram mais nas 750cc) e a Honda resolve-os regra geral ao abrigo da garantia ou recorrendo a recalls.

Não encontro nada muito fora do sítio, se fosse eu teria tentado outro caminho para o cabo da embraiagem e talvez um pequeno guarda-lamas para proteger o amortecedor traseiro (coisa que alguns utilizadores fizeram). Não encontro sinais de ferrugem, nem nas soldas. Os plásticos encaixam bem.
Um problema que posso referenciar, mas que não é culpa directa da Honda, é a minha corrente que está ovalizada quase desde nova, mas ainda anda lá. É a única queixa válida que podia ter.

- Preço, Economia:
Quanto ao preço de aquisição, achei-o justo na altura, hoje acho que os modelos 750 estão mais caros e apareceram modelos no mercado igualmente interessantes a preços mais convidativos (como o caso das mt07).
Mas, o ponto forte desta mota é mesmo os consumos. A minha média global ao longo dos mais de 24500 km anda na casa dos 3.2 L/100km (variando entre 2.9 e 3.6). Para um estudante como eu é excelente! A maioria dos utilizadores faz consumos da mesma ordem (entre 3 a 4.5).
Outro factor a ter em conta, são as revisões apenas de 12 em 12 mil km ou anualmente, o que é um valor bastante bom (havendo motas no mesmo segmento a fazer de 6 em 6 ou de 10 em 10 mil km).

(Foto tirada nos moinhos da serra da Atalhada, perto da Penacova)

Conclusão
Na altura que adquiri a mota estava limitado a A2, se não o estivesse muito provavelmente a escolha teria sido a mesma ou, quanto muito, algo como uma cb500f (que também permite A2) ou uma cbf 600.
Hoje continuo satisfeito com a mota e adapta-se ao que pretendo. Futuramente (e o meu ultimo teste drive é suspeito) vejo-me a ter algo dentro de uma sport-tourer… mas o futuro ninguém sabe e até lá espero fazer uns bons km e voltinhas com a minha NC.

Alguma coisa perguntem!