Serra e Aldeias

Boas!

No dia 3 de Julho de 2015 fui dar mais uma volta.

O grupo com quem fui o ano passado (por esta altura) a Santiago de Compostela, entre outros passeios, ia este ano para Madrid. Eu, não sabendo ainda as notas de todas as cadeiras e havendo a pequena possibilidade de ter de ir a algum exame de recurso (nos dias seguintes ao passeio), não fui com eles este ano.
No entanto, como é tudo malta "cinco estrelas", não me custa nada levantar-me às 5 da manhã e ir dizer-lhes "olá", ainda menos me custa sabendo que esse "olá" dá direito a uma voltinha.

Dito e feito, em resumo foi isto que aconteceu: fui até Castelo Branco (ponto de encontro final) dizer olá, acompanhei-os durante alguns km e depois regressei nas calmas a passear até casa.

No total fiz cerca de 544 km, o percurso foi mais ou menos este (dividido em duas partes porque o google não me deixa colocar tantos pontos).
Primeira Parte
Segunda Parte
Saímos às 6 e poucos de Condeixa, eu cheguei por essas 20.

O regresso foi por onde calhou, não tinha feito planos de locais ou estradas a passar. Fiz apenas aquilo que costumo fazer quando sei que vou para uma zona em concreto: olhar para um mapa, ver se há alguns pontos de interesse na área (livros, net, "ouvir falar", sítios já conhecidos etc etc) e depois na pratica visito/passo naqueles que calham a jeito e sigo algumas "placas castanhas". 

Vamos às fotos e comentários que chega de paleio sem informação relevante.

Integrado no "grupo originário da beira litoral", fomos até Castelo Branco pelo IC3, IC8 e N3. Foi relativamente rápido, nada a declarar. Lá, pouco tempo depois, juntou-se "o grupo da Beira Alta". Cafésito, dois dedos de conversa e arrancámos.

A primeira paragem foi na vizinha Espanha, na "Puente Romano de Alcántara" 

Uma pequena paragem para fotos e comer qualquer coisa. Entretanto despedi-me e comecei a regressar, antes que fica-se (mais) tentando em não voltar tão depressa.

Parei mesmo à entrada do solo português para uma foto e para olhar para o mapa e ver o que ia fazer a seguir.

Daquele lado é Espanha, deste Portugal. Ponte sobre o rio Erges.

Decidi ir até Monsanto, segundo dizem "a aldeia mais portuguesa de portugal". Virei para o lado de Monfortinho para não voltar para trás e pensando que haveria alguma cortada entretanto sem ter de dar a volta a Monfortinho.  Enfim fiz uns km extra, porque não vi tal cortada (as estradas na zona são de bom piso e fazem-se rápido sendo uma sucessão de rectas e curvas rápidas, com uma ou outra mais fechada, mas não são tão abundantes como eu estou habituado, há menos estradas!).

Passei ao lado de Penha Garcia sem parar (embora ache que também vale a pena a paragem, fica para outra vez).

Cheguei então a Monsanto, aqui ficam as fotos.

Pode-se subi ao castelo por, pelo menos, dois lados.
Um é por um percurso pedestre (penedos juntos), que ainda vai dar uma volta considerável e tem alguma exigência (especialmente se forem parvos como eu e tentarem atalhar pelo meio trepando/saltando). Mas é interessante e passa pelos penedos juntos (são vários). Em todo o caso não é preciso ser nenhum João Garcia para o fazer.
O outro passa por dentro da aldeia, fiz a descer. 

Aqui a vista sobre Monsanto (do castelo) e mais ao longe sobre Relva.

Vista sobre Monsanto (de um miradouro, próximo das grutas e do WC publico)

Monsanto merece mais tempo do que lhe dediquei, para visitar nas calmas pelo menos 2 horas, eu parei uns 40 minutos (mas passei em alguns sítios de mota).

Parei para almoçar num largo logo ao fundo de Monsanto na aldeia da Relva.

"Ironic Mode On"
Reza a lenda (não faço ideia porquê) que os motards são todos "feios, porcos e maus" e que fazem o que lhes apetece. Tendo eu consequentemente e necessariamente estes atributos, devo ter algum distúrbio de personalidade se não como poderia eu almoçar douradinhos e sumo de laranja natural???
"Ironic Mode Off"

Arranquei e fui até à Covilhã. Tinha pensado em subir a serra por este lado (se passa-se perto) porque a estrada, como já referi noutro separador, é brutal. Antes parei para atestar e para um café, depois comecei a subir a serra.
Não vou tecer mais comentários sobre a estrada, ficam as fotos e isto:

Vista sobre a Covilhã.

Eu julgo que este local (próximas 2 fotos) é o lago do Viriato, mas não tenho a certeza.

Mais fotos da subida.

Aquela paragem curta na Torre, só porque sim!

Voaram-me (literalmente) 5 euros e a carteira do telemóvel foi ver se os via e também nunca mais voltou...
Na prática tinha 5 € na carteira do telemóvel, que pousei no banco da mota enquanto respondia a um sms e aquilo voou sem eu dar conta. Ainda andei à procura um bom bocado, se alguém encontrar são meus! (Estou a brincar, se alguém encontrar bebam umas fresquinhas com eles, pago eu!)
Desci um pouco e tirei umas fotos à Lagoa Comprida.

Na Torre tinha olhado para o mapa e até fui ao google maps no telemovel para ver quantos km eram e estava para descer a serra pelo lado do Sabugueiro e ir espreitar a zona de Manteigas, Penhas Douradas, Vale Rossim etc
Mas entretanto vi umas placas a dizer Loriga e Piodão, mudei de ideias! O Piodão já conhecia de carro, tinha (e continuo a ter) todo o interesse em voltar e Loriga tinha visto recentemente um artigo com algumas das praias fluviais mais bonitas de Portugal.

Fui por lá! A estrada também é brutal, mas não está tão limpa.

A praia da Loriga realmente merece estar nas mais bonitas, "googlem" um bocado, ou (preferencialmente) vão lá porque as minhas fotos não lhe fazem justiça, porque é bonita no todo incluindo envolvente.
Além disso eu não gosto nada de tirar fotos onde estão banhistas, parece que ando a fotografar outras coisas... não perco muito tempo nem procuro muito um ângulo melhor (não é que eu saiba propriamente como isso se faz, mas as vezes tento).

Voltei um pouco atrás e desci até Vide, não parei, passei de vagar (também tem rio e praia fluvial). Passei por um senhor a andar de motorizada que ia com um boné na cabeça e o capacete enfiado no braço, já tinha visto fotos de cenas destas mas ao vivo é sempre caricato.

Em Vide corta-se para o Piodão, que felizmente é um local que tem sempre muitas e boas indicações, é fácil ir lá dar seja por onde for.
A estrada é a municipal 1134, à primeira vista faz pensar "onde raio é que me vou meter". Típica estrada de serra/pinhal, alcatrão um pouco degradado mas transitável (depois melhora, no inicio está pior) e é estreita não passam dois carros excepto em alguns pontos. Mas faz-se bem e passa por muitas aldeias típicas da zona.
Uma dessas aldeias, pouco antes do Piodão é a Foz de Égua, aqui ficam fotos da praia fluvial lá (mais uma vez havendo banhistas há menos fotos).

Pouco depois a chamada aldeia presépio, talvez a mais conhecida das aldeias de xisto portuguesas, o Piodão.

Estas duas já são a subir para o lado de Arganil, aproveitando o zoom óptico.

 A estrada à saída de Piodão para Arganil/Coja está relativamente boa e deixo de comentários:

Ainda antes de Arganil, vi umas placas a dizer Fraga da Pena e Mata da Margaraça, sítios dos quais também já tinha ouvido falar e resolvi fazer o desvio. O Troço dentro da mata é em calçada, é sombrio e tem ervas e folhas, mas passa-se muito bem e é giro (faz lembrar a mata do Buçaco, mas sem o Palácio...), de qualquer maneira se estiver molhado deve ser escorregadio, tenham cuidado.

Pouco depois chego à Cascata de Fraga da Pena, que estava deserta (e com avisos de obras de reabilitação).

Uns segundos de video, só para não ser tudo estático. (Tive de rodar o video, por isso ficou assim pequeno, mas podem pôr em fullscreen  que isso está e FHD)

Por fim passei na Benfeita (só passei) e parei na Coja para comer a bucha.

Regressei depois pelo lado de Arganil e pela N342 até casa, que também (já o disse) tem um troço muito fixe entre Arganil e Lousã.

Recomendo os locais (se leram, além de perderem tempo, já notaram). Tenham cuidados com as curvas de menor visibilidade, algumas fecham de repente, noutras há surpresas como rebanhos, veículos parcialmente em contra-mão etc.
Que me lembre não há muitos mais comentários a fazer, alguma coisa perguntem.