Sopé da Serra

Olá!

Já passaram mais de dois meses desde a ultima vez que partilhei alguma voltinha convosco.
A ultima, salvo erro, foi uma voltinha curta no final de Dezembro (Separador "Voltitas 2015").

Como (possivelmente) alguns de vocês sabem, eu fracturei os dois cacâneos na passagem de ano. Estive 3 semanas de cadeira de rodas e cerca de 4 de canadianas. Nesse espaço de tempo a mota esteve, necessariamente, parada (num cavalete e com o optimate ligado à bateria).

Só na segunda metade de Fevereiro é que voltei ao activo (leia-se andar de mota!), mas ainda tinha algumas dificuldades e dores a andar. 
Assim, até agora, tenho-me ficado pela utilização diária (ás vezes com uns desvios para matar o bichinho).

Ora, na passada sexta, vinha para casa, pelo caminho habitual, a pensar: "amanhã tiro o dia para mim e vou dar um passeio de mota".
Acontece que sábado afinal não deu! E tive, literalmente, um dia de "merda" pois a tubagem do saneamento cá de casa entupio e o meu sábado foi passado a resolver o problema.

Não dei o braço a torcer e, se não fui sábado, fui no domingo! 

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Domingo, dia 13 de Março de 2016

Tinha esboçado um percurso moto-turístico (com auxilio do google maps) no sábado à noite.
A ideia principal era fazer a estrada que percorre o sopé da Serra da Estrela, a N230 que passa em Unhais da Serra.
Além disso, para a parte turística, escolhi alguns pontos de passagem: Avô, Loriga, Alpedrinha e Castelo Novo.

Arranquei domingo, por essas 8h40. A ideia inicial foi, de uma forma geral, comprida e o percurso final foi aproximadamente este:

Manhã:


Tarde:



A juntar a isto (como sempre) há as deslocações dentro das localidades e pequenos enganos, totalizando à chegada a casa quase 400km.



Vamos lá à foto-crónica!

A primeira paragem foi em Coja, para uma ida à casa de banho e encher o depósito (sem fotos, desta vez).
Pouco depois parei para 2 ou 3 fotos em Vila Cova do Alva.
Deixo aqui uma:



Primeira paragem oficial foi em Avô.
Já tinha passado em Avô algumas vezes (incluído outros passeios de mota e não só) desta vez foi para visitar.

















Arranquei então em direcção à Covilhã pela N230. A minha ideia era fazer esta estrada na integra, pois só de olhar para o mapa "apetece".
Também já tinha ouvido falar, entre amigos de duas rodas, que a "estrada que passa em Unhais da Serra é brutal".
Deparo-me, logo à entrada, com sinalização temporária a indicar que uns bons quilómetros mais à frente a estrada estaria fechada ao transito.

Não hesito e sigo na mesma!
Pensei: "Vou até onde der, na pior das hipóteses volto para trás. Se der para ir até Vide, contorno pelo cimo da Serra ou por Loriga, conforme o local interdito à passagem."
(Além disso Loriga também era um objectivo, embora tivesse planeado ir e vir pelo lado de Alvoco da Serra de forma a fazer na integra a N230).

Assim foi, chegando a Vide, as indicações indicavam transito fechado a 13 km (salvo erro).
Perguntei a um residente local se estaria mesmo cortada. Resposta afirmativa.
Fui então direito a Loriga, começando a ver indicações temporárias de desvio (o que me deixou logo saber que poderia regressar à N230 mais à frente).

Fotografia tirada pelo caminho (N338):



Parei um bocadinho na Praia Fluvial de Loriga, onde estive ainda há não muito tempo.
Decidi voltar porque achei muito bonita e queria tirar fotografias sem banhistas e sem muita gente (mesmo assim havia algumas pessoas).

Deixo algumas fotos:





Ainda tirei uma ou duas fotografias com a máquina no tripé e no modo de controlo manual (tempos de exposição mais longos, menor abertura e menor ISO). A ideia era ver se ficava um efeito engraçado com a água. Mas como eu percebo pouco de fotografia não ficou nada de especial.
(As duas próximas fotos são exemplo disso).









Entretanto começou a aproximar-se a hora de almoço, aos poucos e poucos foram chegando famílias com a marmita para um piquenique. Quanto a mim, voltei à estrada.
Pouco depois retomei a N230, por onde segui sem parar até à Covilhã. Não parei para fotografias pois já estava em cima do tempo.

Deixem-me só dizer que a estrada faz jus à fama. A parte inicial (até Vide) é menos interessante e tem pior piso. Mas esta parte é espectacular, bom pavimento e boas curvas.

Almocei no sitio habitual (quando almoço na Covilhã - no Serra Shopping) e voltei à estrada pouco depois das 14h.

Desorientei-me um bocadinho à saída, mas pouco depois retomei onde queria: a N18 para o Fundão.
Segui para Alpedrinha, uma vila muito bonita.
Apanhei a festa do Senhor dos Passos que me condicionou um pouco a visita (sobretudo em tempo) e as fotografias (porque muitos sítios tinham carros estacionados à frente e estragaram completamente o ângulo da foto).
Ainda assim, vi a procissão e parte da vila. Sem duvida um local a voltar.

Ficam aqui algumas fotos:


















A meia dúzia de quilómetros de Alpedrinha, fica Castelo Novo.
Uma terra pequenina, mas muito bonita e com muito para apreciar, sobretudo a vista do alto do castelo.
Devido ao atraso em Alpedrinha, não estive muito tempo em Castelo Novo. Ainda assim, ou a pé ou de mota, percorri parte das ruas.

Ficam aqui as fotos:



















Voltei pelo mesmo caminho até ao Fundão e, a partir daí, comecei o regresso a casa.




Voltei pelo lado da Pampilhosa da Serra, fazendo partes de algumas estradas fantásticas (N238, N112, N2 etc)
Só não aproveitei melhor esta parte, pois já acusava algum cansaço e porque escureceu pouco depois de ter saído da Pampilhosa da Serra.






O regresso a casa foi feito sem mais paragens e, tal como disse, maioritariamente já de noite.
Esta voltinha foi um óptimo regresso ao activo!

Falta só acrescentar os comentários finais.

  • Estradas:
  • Cheias de curvas, muito bom do ponto de vista de um motociclista. Destaque para a N230, N338, N112 e N2 (mas também partes da N342 e da N238).
  • O piso estava de uma forma geral bom, excepto algumas partes da N342 entre Arganil e Avô e a parte inicial da N230 (houve uma parte que não passei).
  • Locais e Paisagem:
  • Zonas ao redor da serra muito bonitas. Terrinhas visitadas muito giras e sempre com algo novo para ver. A praia fluvial da Loriga é muito gira, deve ser fantástica com neve!
  • Já conhecia alguns locais/zonas, mas fiquei a conhecer melhor e com vontade de voltar.
  • Quanto à mota, nada a apontar excepto o costume: ao fim de algum tempo o rabo fica dorido e acusamos algum cansaço, mas nada que não se aguente. 
É tudo, até uma proxima voltinha.


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